sexta-feira, 14 de junho de 2013

PRÁTICA DE ENSINO

TRABALHO E CONSUMO

Texto I


- Hoje nosso trabalho é outro. Tão importante como o trabalho de todo dia.
Não faz mal parar de trabalhar aqui uma tarde porque é para ajudar toda a vida da gente.
E o Camponês ainda disse mais:
- Você pensa, sua boba, que é fácil acordar um Gigante? Se não formos todos juntos e não gritarmos bem forte e bem alto, não adianta nada.
Por isso foram. Naquela tarde, a aldeia ficou deserta. Todo mundo saiu das oficinas e das plantações. Foram todos para os montes. E foi até divertido, um passeio bonito pelos risonhos lindos campos cheios de flores e pelos bosques cheios de vida. Todo mundo conversando e cantando. Quando chegaram embaixo dos montes, já eram as costas do Gigante deitado.
E começaram a gritar juntos:
- Acorda! Acorda! Acorda!
Tanto gritaram que o Gigante, apesar de muito dorminhoco, acabou acordando. Nem se mexeu, nem se espreguiçou. Acho até que nem abriu os olhos. Mas acordou um pouco. E no meio do sono, ouvia uma multidão, toda a população da aldeia e dos campos gritando:
- Acorda! Acorda! Acorda!
Acabou perguntando:
- Que corda é essa que vocês tanto pedem? Peguem logo a corda e me deixem dormir...
- Não é para pegar corda nenhuma... - começou a explicar o Carpinteiro.
- Então tratem logo de dar corda no que está precisando, ponham para funcionar e me deixem dormir...
- Não é nada disso - continuou o Ferreiro. - Não é corda de pegar, de enrolar, de dar, não é corda. E acordar, seu Gigante. Se o senhor não acordar logo, é capaz de daqui a pouco ninguém mais poder dormir em paz.
Com essa o Gigante acordou. Não se levantou nem se mexeu. Mas ficou bem acordadinho e pediu:
- Expliquem essa história toda.
Eles explicaram. Eu não vou explicar aqui tudo de novo, porque nós todos já sabemos. E quando eles acabaram de explicar, o Gigante também ficou sabendo.
Bocejando, comentou:
- Ah, a real ignorância!...
Parou um pouco, bocejou de novo e continuou:
- Vamos dar um jeito nisso. Vocês fizeram bem em vir me procurar.
Vamos defender o Dragão Negro e seu olho de luar. Do meu corpo de terra tudo vai brotar. No trabalho de vocês, tudo vai continuar.

MACHADO, Ana Maria. História meio ao contrário. 24. ed. São Paulo: Editora Ática, 1986. p. 27-30.

Texto II

A denominação trabalho, em equipe ou trabalho de grupo surgiu após a Primeira Guerra Mundial, e é um método muitas vezes usado no âmbito político e econômico como um sistema para resolver problemas. O trabalho em equipe pode ser descrito como um conjunto ou grupo de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou determinado trabalho, por obrigação.O trabalho em equipe possibilita a troca de conhecimento e agilidade no cumprimento de metas e objetivos compartilhados, uma vez que otimiza o tempo de cada pessoa e ainda contribui para conhecer outros indivíduos e aprender novas tarefas.

Um bom exemplo de uma atuação de trabalho em equipe são os esportes, onde os atletas precisam uns dos outros para conseguir fazer gols ou pontos, a maioria dos esportes são formados por equipes, onde cada um desempenha um papel, para atingir o todo. Muitas pessoas dizem que trabalhar em equipe é mais divertido e fácil do que trabalhar individualmente, pois contribui muito para melhorar o desempenho de todos. Outro bom exemplo de trabalho em equipe é o das formigas e gafanhotos, que dividem-se para pegar alimentos e se um não faz a sua parte, todo o resto fica comprometido, dando um modelo de união e força.Saber trabalhar em equipe é outro fator importante, e uma característica essencial para profissionais e estudantes, as empresas valorizam muito pessoas que não pensam apenas na sua própria tarefa, e sim naqueles que pensam nos colegas e na empresa em si.

Disponível em: http://www.significados.com.br/trabalho-em-equipe. Acesso em: 16 de jun. 2013.

Texto III


Disponível em: http://rsbbconsultoria.blogspot.com.br/2011/10/trabalho-em-equipe.html. Acesso em: 16 de jun. 2013.

Texto IV



Disponível em: http://mensagens.culturamix.com/frases/mensagens-de-trabalho-em-equipe. Acesso em: 16 de jun. 2013.

Artigo de opinião


O artigo de opinião, como o próprio nome já diz, é um texto em que o autor expõe seu posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos.


É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e admissíveis.
 
Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados, além de assinar o texto no final. Uma característica muito peculiar deste tipo de gênero textual é a persuasão, que consiste na tentativa do emissor de convencer o destinatário, neste caso, o leitor, a adotar a opinião apresentada. Por este motivo, é comum presenciarmos descrições detalhadas, apelo emotivo, acusações, humor satírico, ironia e fontes de informações precisas.

Geralmente, é escrito em primeira pessoa, já que trata-se de um texto com marcas pessoais e, portanto, com indícios claros de subjetividade, porém, pode surgir em terceira pessoa.

VILARINHO, Sabrina. Artigo de opinião. Disponível em: http://mensagens.culturamix.com/frases/mensagens-de-trabalho-em-equipe. Acesso em: 16 de jun. 2013.

ARTIGO DE OPINIÃO

Aqui vão dois exemplos de artigo de opinião:

Exemplo I

Os sistemas atuais de produção e consumo de alimentos são marcados pela produção em larga escala e o consumo de massa. Eles geram a exclusão de pequenos agricultores, a exploração de trabalhadores no campo, excluem os consumidores sem poder aquisitivo. Suas atividades degradam o meio ambiente tanto pelo lado da produção (monoculturas, desmatamento, contaminação, etc.) como pela comercialização (emissão de gases do efeito estufa pelo transporte de longas distâncias, sobrepreço pelo excesso de intermediários). E trazem ainda impactos negativos sobre a saúde humana (resíduos de agrotóxicos, uso indiscriminado de aditivos, alimentos nutricionalmente pobres e ricos em gordura, sal e açúcar, etc.).
Repensar este modelo de produção e consumo de alimentos passa necessariamente pelo debate sobre o papel da mulher. No caso de alimentos, as decisões de compra são das mulheres. Infelizmente, este “poder de compra” esbarra na falta de informação sobre os impactos socioambientais dos sistemas de produção de alimentos e sobre a qualidade nutricional dos alimentos industrializados, distanciando as mulheres de alternativas mais responsáveis e saudáveis de consumo.

[...]

É importante incentivar a aproximação das consumidoras urbanas com as pequenas produtoras rurais por meio de políticas públicas locais de abastecimento. Queremos um maior número de feiras de produtos agroecológicos, assim como a formação de grupos de consumidores de produtos agroecológicos da agricultura familiar.

O poder do consumidor
As consumidoras podem ser atoras relevantes na luta para que as empresas reduzam os impactos socioambientais em suas cadeias produtivas e para exigir dos governos políticas públicas que estimulem o desenvolvimento de novos padrões sustentáveis de produção e consumo. Além disso, os consumidores devem ser estimulados a rever os seus hábitos de consumo e buscar alternativas para mudança.

É preciso evitar o risco de cair em uma interpretação ingênua da realidade, como se o problema se resumisse às empresas tornarem sua produção mais limpa, ou de baixo carbono, e os consumidores se tornarem conscientes dos impactos socioambientais negativos.

Novos paradigmas de produção e consumo implicam um novo modelo de desenvolvimento. A produção sustentável exigirá a revisão dos modelos de negócio, e não apenas o “esverdeamento” da produção.

GUNN, Lisa; CHAROUX, Adriana. Consumo responsável e saudável de alimentos: desafio para as mulheres. Disponível em: http://www.idec.org.br/em-acao/artigo/consumo-responsavel-e-saudavel-de-alimentos-desafio-para-as-mulheres. Acesso em: 18 de jun. 2013.

Exemplo II

-São Paulo-
Calma, José.
A festa não recomeçou,
a luz não acendeu,
a noite não esquentou,
o Malan não amoleceu,
mas se voltar a pergunta:
e agora José?
Diga: ora Drummond,
agora Camdessus.
Continua sem mulher,
continua sem discurso,
continua sem carinho,
ainda não pode beber,
ainda não pode fumar,
cuspir ainda não pode,
a noite ainda é fria,
o dia ainda não veio,
o riso ainda não veio,
não veio ainda a utopia,
o Malan tem miopia,
mas nem tudo acabou,
nem tudo fugiu,
nem tudo mofou,
Se voltar a pergunta:
E agora José?
Diga: ora, Drummond,
agora FMI.
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse,
O Malan nada faria,
mas já há quem faça.

Ainda só, no escuro,
Qual bicho do mato,
ainda sem teogonia,
ainda sem parede nua,
para se encostar,
ainda sem cavalo preto,
que fuga a galope,
você ainda marcha, José!
Se voltar a pergunta:
José, para onde?
Diga-me ora, Drummond,
por que tanta dúvida?
Elementar, elementar,
Sigo pra Washington.
e, por favor poeta,
não me chame de josé.
Me chame Joseph.
Fonte: Folha de S. Paulo,Caderno 1,p.2 – Opinião, 04/10/1999

DIONIZIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gêneros textuais & Ensino.  2ª. Ed. Rio de Janeiro: Parábola, 2010, p. 32.


Objetivo

Fazer com que o leitor perceba a intencionalidade subjacente a esse gênero textual, gerando assim debates sobre diversos temas. Espera-se o domínio do gênero artigo de opinião cuja característica básica é a formulação de argumentos. O artigo de opinião nos permite a abordagem de inúmeros temas e nos coloca a par do que está acontecendo no mundo. Permite também o desenvolvimento de competências que serão exigidos pelo mercado de trabalho. Assim, reconhecendo-se a importância do mercado de trabalho e buscando estratégias em equipe, será possível ultrapassar essas barreiras a caminho do sucesso e em busca de conquistas em grandes mercados competitivos, com o desenvolvimento de habilidades cruciais para se alcançar metas estabelecidas.


OFICINAS

Hora de refletir


1) Forme grupos e desenvolva em etapas nas oficinas;

2) Identifique as características do texto e seus conceitos

3) Qual é o intuito do artigo de opinião? E qual é o público-alvo?

4) A partir do texto (tema), cite possíveis problemas.

5) Apresente um seminário, gerando debate e interatividade.




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