terça-feira, 18 de junho de 2013

INTRODUÇÃO

O blog TERRA DAS PALAVRAS é um espaço interativo de aprendizagem. Nele, os visitantes podem ter acesso a uma série de atividades que privilegiam a reflexão e o debate sobre os temas transversais TRABALHO E CONSUMO. O espaço é um projeto desenvolvido por um grupo do 5º semestre de Letras da UNINOVE, motivo pelo qual cada postagem do blog representa uma disciplina (PRÁTICA DE ENSINO, ESTILÍSTICA, ESTUDOS LITERÁRIOS EM LÍNGUA INGLESA, LITERATURA BRASILEIRA, LITERATURA INFANTO JUVENIL, ÉTICA E CIDADANIA). Nosso público-alvo é o 2º ano do Ensino Médio.

Conheça as pessoas que tornaram este blog possível:



Oi, Pessoal! Este é o grupo que trabalhou para produzir o blog TERRA DAS PALAVRAS. Estamos em uma aula de Literatura Infantil. O Bruno (de preto) desenha legal. A Odília (de óculos) dá as ideias. 
 

Acima tem o Bruno, que não parou de desenhar, o Ronaldo, que acompanha tudo de perto, a Lilian (de azul), muito criativa, a Dani, sempre de olho, e a Odília (de verde) atenta. Eu tirei a foto.



Eis o resultado das colagens. Já estávamos prontos para apresentar o poema. Da esquerda para direita, Lilian, Ronaldo, Daniele, Eu (André), Odília e Bruno. Essa equipe é DEZ!!!


Olha nós aí de novo. Aqui discutíamos os ajustes finais para o blog. Foi difícil, mas conseguimos finalizá-lo! 

ATÉ O PRÓXIMO BLOG!!!

LITERATURA BRASILEIRA

O CORTIÇO

Como as questões de trabalho e consumo podem ser percebidas no livro O Cortiço? Obra prima da escola Naturalista.

Este blog tem a intenção de atualizar ou melhorar os conhecimentos de nossos leitores sobre nossa Literatura. Em especial, nesta pagina, iremos analisar a obra O Cortiço de Aluísio de Azevedo que se encaixa na escola Naturalista e as relações de trabalho e consumo existentes no texto, explorando as influências e atitudes dos personagens diante das opções de trabalho e consumo da época.

A Obra abaixo de Tarsila do Amaral, considerada uma das principais artistas da era Modernista e precursora da semana de arte moderna de 1920, foi escolhida para ilustrar o início desta página, por retratar de maneira única o que poderia ser um Cortiço.


Saiba mais em: 
Tarsila do Amaral

Esta tela nos lembra de maneira muito poética e suave as relações de convivência humana em um cortiço? Favela? Comunidade? Nesta introdução à literatura naturalista, vamos poder de fato entender como funcionam as relações humanas, nem sempre poéticas ou suaves.


Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/divirta-estudando/estude-as-obras-literarias-da-fuvest-%E2%80%93-o-cortico. Acesso em: 18 de jun. 2013.


Escola Naturalista  


O naturalismo ocorre basicamente na mesma época do realismo; alguns dizem que o naturalismo é apenas uma manifestação do realismo, mas as diferenças são bem visíveis.



O naturalismo tenta explicar que o homem é modificado pelo ambiente em que vive e que a natureza influi na razão. Diferente do romance realista que presa a classe social dominante, o romance naturalista presa a comunidade mais pobre. Podemos ver isso claramente ao ler a obra o cortiço de Aluísio de Azevedo.



Brasil: O mulato de Aluísio de Azevedo (1881)



Principais autores



  •         Aluísio Azevedo
  •         Domingos Olímpio
  •         Inglês de Sousa
  •         Júlio Ribeiro
  •         Manuel de Oliveira Paiva


Saiba mais em:

Para entender melhor 

O Cortiço cresceu de maneira rápida e desordenada, do dia para a noite em alguns casos, pois nem todo o material usado na construção era de origem honesta, e chegava aos montes. Um dos protagonistas, João Romão, que está mais ligado ao consumo de bens e títulos (este último, o seu maior objeto de desejo), saia pela cidade à procura de outras construções e, quando as achava, ia de madrugada e pegava o material que podia. Sendo assim pedreiros e ajudantes trabalhavam freneticamente, dia e noite, várias noites.

Disponível em: http://nossacasanossabencao.blogspot.com.br. Acesso em: 18 de jun. 2013.

Mas mesmo diante de tanta falta de caráter havia quem sempre encontrasse um jeito de ganhar a vida com trabalho honesto no meio daquela bagunça organizada. 

Trabalho honesto e digno frente ao caos...
Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/divirta-estudando/estude-as-obras-literarias-da-fuvest-%E2%80%93-o-cortico. Acesso em: 18 de jun. 2013.

O Trabalho, atividade sugerida a professores:

Convide os alunos a ler a obra O Cortiço de Aluísio Azevedo e analisar as diversas e, às vezes, intrincadas relações de trabalho e consumo no decorrer da leitura da obra cuja narrativa esta toda intermeada de situações reais de trabalho e consumo, de uma população sofrida.

Os alunos não gostam de ler???   

 Assista ao filme!
Disponível em: http://anima-vita.blogspot.com.br. Acesso em: 18 de jun. 2013.
  

 Disponível em: http://www.capasbr.org/2010/11/o-cortico.html. Acesso em: 18 de jun. 2013.

Pode-se também oferecer aos alunos uma sessão de cinema...estrelando Betty Faria, Mario Gomes, Armando Bogus e Betriz Segal, com certeza os mais preguiçosos terão aquele incentivo extra para abrir o livro e conferir palavra por palavra o que tanto se fala dessa história e também analisar o desempenho dos atores na interpretação dos personagens...um verdadeiro exercício de formação de futuros leitores críticos, e quem sabe futuros críticos de cinema, teatro ou literatura?

O filme está disponível no site Netflix e retrata muito bem os melhores momentos da obra.

Cena do filme
Disponível em: http://www.literaturaemfoco.com/?p=5270. Acesso em: 18 de jun. 2013.

Na cena abaixo, Rita Baiana dança em meio ao povo, alegre e faceira, cheia de charme. o povo para. Todos querem apreciar sua beleza e seu rebolado.

 Encanto, desejo e beleza
Disponível em: http://www.portalk3.com.br/Artigo/cinema/sesc-exibe-o-filme-o-cortico-neste-domingo. Acesso em: 18 de jun. 2013. 

Assista ao trailer do filme "O Cortiço":
  

Prepare a pipoca e curta o filme!!! É só clicar no vídeo acima.


Durante todo a história pode-se ver o trabalho digno e honesto, mas este, dos menos favorecidos, esses operários, lavadeiras e escravos estão retratados ao longo de toda a história.

 Homens trabalham na pedreira sem parar 
Disponível em: http://lilianportelit.blogspot.com.br/2010/09/o-cortico-hq.html. Acesso em: 18 de jun. 2013.
 
Vamos ver o trabalho duro dos homens negros alforriados ou não que viviam trabalhando para o sustento de suas famílias, ou de seus patrões.

As mulheres que lavavam para fora ou faziam toda sorte de trabalhos domésticos.

 As lavadeiras que não param de trabalhar 
Disponível em: http://lilianportelit.blogspot.com.br/2010/09/enredo-de-o-cortico-aluisio-de-azevedo.html. Acesso em: 18 de jun. 2013.

Pedreiros e ajudantes que não paravam de construir os barracos, os trabalhadores não tinham uma folga João Romão estava sempre de olho em tudo.

 Trabalhadores explorados! 
Disponível em: http://images03.olx.com.br. Acesso em: 18 de jun. 2013.
Os personagens: 

Consumo, consumismo, consumista.

A trajetória de João Romão e sua Ascensão social movida por uma necessidade intensa de consumir títulos, riqueza e posição social.

A ascensão de João Romão foi rápida mas a duras penas.

João Romão obcecado pelo consumo de títulos de nobreza!
Disponível em: http://rodrigorosablog.blogspot.com.br. Acesso em: 18 de jun. 2013.
A exploração do trabalho escravo ou contratado devido à ganância e à pressa no acumulo de riquezas. João Romão não teve dúvidas ou piedade; fez de tudo que pode para poder subir um degrau ou dois na escala social e conseguiu a duras penas o título que tanto queria.
 
A ideia de ter sem se importar em ser no universo de João Romão era o que movia seus instintos.

Manipulação, roubo, desonestidade, traição, sexo...
 Disponível em: http://rodrigorosablog.blogspot.com.br. Acesso em: 18 de jun. 2013.
 
O Miranda, este sim um verdadeiro comerciante português, rival de João Romão, morava em um bonito sobrado de esquina, ao lado do Cortiço.


Acomodado e aproveitador com pompa de requinte 
Disponível em: http://rodrigorosablog.blogspot.com.br. Acesso em: 18 de jun. 2013.

Dona Estela, esposa de Miranda, trai o marido com outros homens e com Henriquinho. O marido finge que não sabe. A esposa se vale do ótimo dote financeiro para fazer o que quiser.


Não gosta do marido nem da filha 
Disponível em: http://rodrigorosablog.blogspot.com.br. Acesso em: 18 de jun. 2013.
 
Bertoleza, coitada, não deu a mesma sorte, pensou que estava com um bom partido e iria se livrar do mando dos homens, ser livre e ainda viver com um homem branco e português.

Enganada pelas aparências
Disponível em: http://rodrigorosablog.blogspot.com.br. Acesso em: 18 de jun. 2013.


"O cortiço" em quadrinhos:

Caso os alunos não queiram ver o filme, temos a versão em quadrinhos. Muito boa e com ótimas ilustrações.
 
Para todos os alunos mais resistentes à leitura de livros, vale muito investir nesta ideia. Os quadrinhos apaixonam e empolgam a todos.

Uma boa opção de HQ de "O Cortiço" é a adaptação de Rodrigo Rosa e Ivan Jaf, lançada pela Editora Ática. Rosa e Jaf fizeram intensa pesquisa para reconstituir a paisagem do morro carioca com seus cortiços no século XIX.

Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/divirta-estudando/estude-as-obras-literarias-da-fuvest-%E2%80%93-o-cortico. Acesso em: 18 de jun. 2013.

Outra versão em quadrinhos faz parte da coleção Literatura Brasileira em Quadrinhos e foi adaptada Rodrigo Vilachã. A obra traz o texto de Azevedo na íntegra. Acompanhado das ilustrações.

Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/divirta-estudando/estude-as-obras-literarias-da-fuvest-%E2%80%93-o-cortico. Acesso em: 18 de jun. 2013.

Leia o resumo da obra:

Sobre o autor

  Aluísio Azevedo, expoente do naturalismo
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alu%C3%ADsio_Azevedo. Acesso em: 18 de jun. 2013.

Para saber sobre a vida de Aluísio Azevedo, clique no link abaixo:

domingo, 16 de junho de 2013

LITERATURA INFANTO JUVENIL, ÉTICA E CIDADANIA


A Bolsa Amarela - Lygia Bojunga



A Bolsa é a história de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde numa bolsa amarela ) - a vontade de crescer, a de ser garoto e a de se tornar escritora. A partir dessa revelação - por si mesma uma contestação à estrutura familiar tradicional em cujo meio "criança não tem vontade" - essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias. Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e a menina segue rumo à sua afirmação como pessoa.

Disponível em: http://www.skoob.com.br/livro/1185-a-bolsa-amarela. Acesso em: 16 de jun. 2013.


Vamos refletir:

Texto I

Meu irmão chegou em casa com um embrulho. Gritou da porta:
- Pacote da tia Brunilda!
Todo o mundo correu, minha irmã falou:
- Olha como vem coisa.
Rebentaram o barbante, rasgaram o papel, tudo se espalhou na mesa. Aí foi aquela
confusão:
- O vestido vermelho é meu.
- Ih, que colar bacana! vai combinar com o meu suéter.
- Vê se veio alguma camisa do tio Júlio pra mim.
- Que sapato alinhado, tá com jeito de ser meu número.
Eu fico boba de ver como a tia Brunilda compra roupa. Compra e enjoa. Enjoa tudo:
vestido, bolsa, sapato, blusa. Usa três, quatro vezes e pronto: enjoa. Outro dia eu
perguntei:

- Se ela enjoa tão depressa, pra que ela compra tanto? É pra poder enjoar mais?

NUNES, Lygia Bojunga. A bolsa amarela. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1993. p. 25.

Texto II 


Disponível em: http://www.marcianeurotica.com.br/2010/10/tirinha-diaria-026-psicopatia.html. Acesso em: 16 de jun. 2013.


Saiba o que é Ética acessando o link abaixo:


HORA DE REFLETIR

1) Qual é o assunto abordado nos textos I e II? Explique.

2) No texto II, no primeiro quadrinho, a personagem demonstra uma vontade. Essa vontade está de acordo com os princípios éticos? O que faz a personagem mudar de ideia? Explique e comente sobre o tema presente no texto. O tema em questão interfere na sociedade?

3) Leia o fragmento a seguir:

"Era o Terrível. Desde pequenininho que resolveram que ele ia ser galo de briga, sabe? Do mesmo jeito que resolveram que eu ia ser galo-tomador-de-conta-de-galinha. Você sabe como é esse pessoal, querem resolver tudo pra gente. E aí começaram a treinar o Terrível. Botaram na cabeça dele que ele tinha que ganhar de todo o mundo."

NUNES, Lygia Bojunga. A bolsa amarela. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1993. p. 53.

Assim como uma das vontades da personagem Raquel do livro era ser escritora, agora você irá realizar essa vontade. Com base no trecho acima, que fala do trabalho que os galos tinham de brigar e de tomar conta das galinhas, faça uma redação dissertativa expondo suas ideias sobre o trabalho de animais.



ESTILÍSTICA

CONSUMO E CONSUMISMO


O que é Consumo? Nada mais comum do que ir a um supermercado para comprar produtos sem os quais não sobreviveríamos. Comida, roupa, móveis, alguns aparelhos domésticos, transporte, comunicação, entre outros, podem ser considerados bens essenciais para a sobrevivência humana. Sendo assim, pode-se chamar de "Consumo" o ato de usufruir de bens que nos são indispensáveis, os quais, por sua vez, denominamos "bens de consumo". Por outro lado, quando esses bens são consumidos de forma indiscriminada, exagerada, oferecendo muitas vezes riscos à existência, ou seja, quando não consumimos por questão de necessidade, o que temos é o fenômeno do "Consumismo". Logo, "Consumismo" não pode ser confundido com "Consumo" embora um esteja ligado ao outro.   

OUTRAS LEITURAS:

TEXTO I

Eu, Etiqueta
Carlos Drummond de Andrade 

Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
[...]
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
de minha anulação.
[...]
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,
cada vinco da roupa
resumia uma estética?
[...]
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente. 

ANDRADE, Carlos Drummond. Corpo. Rio de Janeiro: Record, 1984.

No vídeo abaixo, é possível escutar o poema completo na voz de Paulo Autran:




TEXTO II


Estamos na época em que criar produtos já não basta: é preciso criar uma identidade ou uma cultura de marca por meio do marketing, do superinvestimento publicitário e da hipertrofia da comunicação. [...] O capitalismo de hiperconsumo caracteriza-se pela exigência de hipervisibilidade das marcas e, por isso, pela explosão dos orçamentos de comunicação causada pela intensificação da concorrência, pela semelhança dos produtos, pelos imperativos de rentabilidade rápida e elevada. Assim, passou-se da marca à hipermarca: esta se impõe quando o trabalho do marketing se sobrepõe ao da produção, quando o "branding" se põe à frente do produto, quando a dimensão do imaterial constrói mais a marca do que a fabricação material do produto, sendo esta frequentemente terceirizada ou transferida para países com mão de obra barata. Pois o que o hiperconsumidor compra em primeiro lugar é a marca, e com ela um suplemento de alma, de sonho e de identidade: num limite extremo, para o consumidor globalizado que importância tem o perfume desde que tenha a embriaguez de um frasco chanel?         

LIPOVETSKY, Gilles; SERROY, Jean. A cultura-mundo: respostas a uma sociedade desorientada. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 95.(Fragmento).   

HORA DE REFLETIR

1) Você se considera uma pessoa consumista? Exponha seu ponto de vista dando exemplos de como você se comporta na hora de consumir/adquirir um bem de consumo?

2) No texto I, o "eu lírico" fala de sua relação com os bens de consumo e, por consequência, das marcas por estes veiculadas.  Em sua opinião, essa relação se dá de maneira negativa ou positiva? Explique seu posicionamento. 

3) Na hora de consumir ou adquirir um produto, quais aspectos você leva em consideração? Você compra pensando na qualidade ou a marca do produto é mais importante? 

4) No texto II, fala-se no destaque que o mundo de hoje dá às marcas em função da  concorrência e necessidade de obter lucro rapidamente. Fala-se também em identidade, que são as características que tornam os seres diferentes uns dos outros. Você diria que no texto II a ideia de identidade também é discutida? Justifique. 

5) Você acha que uma dada marca pode refletir sua identidade ou a marca cria uma identidade que você não reconhece como sua?  


METÁFORA

 Conceituação:

Figura de estilo que possibilita a expressão de sentimentos, emoções e ideias de modo imaginativo e inovador por meio de uma associação de semelhança implícita entre dois elementos.

MENDES, Paula. Métafora. Disponível em: http://www.edtl.com.pt/index.php?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=1571&Itemid=2. Acesso em: 31 de maio. 2013.

De maneira simplificada, pode-se compreender a metáfora como uma comparação abreviada, ou seja, da qual se retirou a expressão “como” ou similar. [...] Um exemplo de Camões: “Amor é fogo que arde sem se ver”.

GOLDSTEIN, Norma. Versos, Sons e Ritmos. São Paulo: Editora Ática, 2000. P. 64-5. 

[...] Trata-se de um processo que envolve termos de domínios conceptuais distintos, entre os quais promove uma assimilação mental. A eficiência do seu efeito de sentido está atrelada à intensidade dessa assimilação.

AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2011. p. 485.


HORA DE REFLETIR

Discuta as questões abaixo com seus colegas:


1) Podemos considerar como denotativos textos em que as palavras são utilizadas levando em conta seu significado comum, do dia a dia, o que reflete um uso da língua centrado na fácil troca de ideias. Por outro lado, consideramos como conotativos textos em que a palavra perde seu significado comum, ganhando outros que, muitas vezes, podem servir a projetos artísticos como os encontrados na Literatura. Posto isto, em qual uso (denotativo ou conotativo) você enquadraria o poema de Drummond? Justifique.

2) Com base nas definições para metáfora que foram dadas logo acima, destaque do texto I trechos que podem ser considerados exemplos de metáfora.

3) Na hipótese de que tenham encontrado exemplos de metáfora, vocês diriam que eles tornam o poema muito mais significativo e carregado de afetividade ou isso poderia ser obtido com muito mais eficácia se, em vez de figuras de linguagem (metáforas), o poeta tivesse organizado o texto de maneira muito mais objetiva, usando as palavras em seu sentido comum? Justifique.

4) No texto II, o prefixo "Hiper" é usado recorrentemente. "Hiper" vem do grego e pode indicar algo que está em posição elevada ou além em termos de dimensão. Nota-se também o uso do prefixo "super" cujo sentido é similar ao prefixo "hiper". Agora que você sabe o que esses prefixos podem significar, faça uma lista com todas as palavras contendo esses prefixos.

5) No texto II, como dito antes, o papel das marcas na atualidade é discutido. Posto isto, a seguinte reflexão é proposta: é possível dizer que o autor organizou o texto empregando aleatoriamente as palavras da lista que você fez ou essas palavras, contendo esses prefixos, estão em harmonia com a questão levantada? Explique.

6)  Leia atentamente o fragmento do texto I a seguir:

Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente. 


Perceba que várias consoantes foram colocadas em destaque e que elas aparecem insistentemente ao longo do poema. A repetição de vogais em posições tão próximas (como no fragmento acima) é chamada de aliteração. A aliteração é uma figura de linguagem e saber por que esse recurso é utilizado pode contribuir para o entendimento do poema. Todas as consoantes destacadas são consideradas oclusivas e sugerem a ideia de violência, força, por conta da maneira explosiva como são articuladas. Teste você mesmo. Reproduza essas consoantes e você perceberá.  Por outro lado, nota-se que as consoantes nasais [m] e [n] também aparecem com frequência. Elas, por sua vez, podem expressar a ideia de suavidade, moleza e, até mesmo, inércia.

Sendo assim, é possível dizer que a aliteração das duas categorias (oclusivas e nasais) cria um efeito de oposição, uma categoria em relação à outra, ou reforça a ideia de que ambas se complementam?  E como  usar a aliteração dessa forma se liga à situação exposta pelo eu lírico do texto II?